Estórias Made In é uma rubrica do Maisfutebol que aborda o percurso de jogadores e treinadores portugueses no estrangeiro. Há um português a jogar em cada canto do Mundo. Este é o espaço em que relatamos as suas vivências. Sugestões e/ou opiniões para djmarques@tvi.pt, rgouveia@tvi.pt ou vemaia@tvi.pt
A dois dias da final da Liga dos Campeões, já foram abertas muitas garrafas de champanhe por esse mundo fora, a celebrar os novos campeões de 2022/23, entre os quais estão mais de duas dezenas de portugueses. Festejou-se em português nos quatro cantos da Europa, incluindo em quatro das ligas Big-5, com exceção da Espanha, mas também na Arábia Saudita, Qatar e Angola.
Houve também dois portugueses, que até podem vir a ser três, que foram campeões em mais do que um país, no final de uma longa temporada em que, Bruno Fernandes, com o Manchester United às costas, foi o português com mais jogos nas pernas, enquanto o luso-cabo-verdiano Luís Duk foi o que marcou mais golos. Apenas mais um do que Cristiano Ronaldo.
FOTOS: os portugueses que foram campeões em 2022/23
Vamos por partes, começamos pelos portugueses que foram campeões fora de portas. Começamos pelos três do Manchester City, dois deles, Rúben Dias e Bernardo Silva, ainda a trabalhar, a dois dias da final da Liga dos Campeões, com a perspetiva de repetir o treble alcançado pelo vizinho Manchester United em 1999. Um treble que se traduz numa tripa que junta a Premier League, a Taça de Inglaterra e a liga milionária.
Só falta ganhar ao Inter Milão, no próximo sábado, em Istambul, para os dois internacionais entrarem para a história. O terceiro elemento deste grupo, já de férias, será João Cancelo, que terminou a época no Bayern Munique e vai ficar a torcer por fora, depois de ter participado nos primeiros seis jogos da campanha europeia da equipa de Pep Guardiola. O lateral é, portanto, um dos três jogadores que venceu em duas frentes, neste caso, na Premier League e também na Bundesliga.
João Cancelo é campeão em Inglaterra (17 jogos/2 golos) e também na Alemanha (15 jogos/1 golo) numa Bundesliga que foi das mais emotivas dos últimos anos. O Bayern acabou por chegar ao 14.º título consecutivo no último suspiro do campeonato, com a equipa de João Cancelo a ultrapassar o Borussia Dortmund de Raphael Guerreiro na última jornada, ao sprint.
Aos três portugueses em Inglaterra, juntamos outros quatro que celebraram em França, com a camisola do Paris Saint-Germain: Nuno Mendes (23 jogos/1 golo), Danilo Pereira (33 jogos/2 golos), Renato Sanches (23 jogos/2 golos) e Vitinha (36 jogos/2 golos). A época até correu bem aos portugueses, mas a festa final foi sombria. Foi sombria por mais uma campanha falhada na Liga do Campeões (caíram nos oitavos de final, diante do Bayern), mas também pela saída de Messi e pelo estado de saúde do guarda-redes Sergio Rico, a recuperar de uma queda de cavalo.
Bem mais efusiva foi a festa do Nápoles de Mário Rui (22 jogos/6 assistências) que sucede ao Milan de Rafael Leão como novo campeão de Itália na sequência de uma sensacional campanha da equipa de San Paolo que fechou a Série A com mais dezasseis pontos do que a Lazio.
A fechar o capítulo das Big-5, só não houve portugueses campeões na vizinha Espanha onde quem fez a festa foi um Barcelona em reestruturação, que recuperou alguma mística com Xavi. Um campeão sem portugueses depois de uma temporada em que os espanhóis voltaram a deixar de parte o talento português. Entre os três primeiros, além do Barça, o Real Madrid também jogou sem portugueses, enquanto o Atlético Madrid emprestou o único que tinha: João Félix (Chelsea).
Três portugueses, seis títulos de campeão
Já falámos do caso de João Cancelo, que foi campeão em Inglaterra e na Alemanha, mas há mais dois portugueses com festa dupla. Ou quase. A começar por Diogo Gonçalves que começou a época no Benfica (10 jogos na Liga e é um dos 32 campeões do Benfica) e acabou-a no FC Copenhaga (14 jogos/5 golos) ao lado do greco-lusitano Zeca Rodrigues que, aos 34 anos, acaba de anunciar o regresso ao Panathinaikos.
O polivalente ala pôde, assim, assistir à apoteótica festa do Marquês e, 48 horas depois, marcou o golo que confirmou o título do FC Copenhaga, já depois de também ter conquistado a Taça da Dinamarca. Voltando ao champanhe, Diogo Gonçalves será um dos portugueses mais «embriagados» neste final de temporada.
Aos casos de Cancelo e Diogo Gonçalves poderá também juntar-se o caso menos mediático de Dinis Almeida. O Central de 27 anos, natural de Esposende, começou a temporada no Antuérpia (8 jogos) que acabou de sagrar-se campeão da Bélgica num final de loucos da Jupiler Pro League que, na última jornada, chegou a ter três campeões diferentes num espaço de cinco minutos.
No entanto, no mercado de janeiro, Dinis Almeida foi vendido ao Ludogorets que acabou, na passada terça-feira, de festejar o 12.º título consecutivo na liga búlgara. Esta dupla festa é, apesar de tudo, discutível, uma vez que o defesa português, vinte dias depois de assinar pelos búlgaros, em pleno interregno de inverno, sofreu uma grave lesão nos ligamentos cruzados do joelho direito, foi operado em Portugal e não chegou a jogar ao lado do luso-francês Claude Gonçalves no campeonato búlgaro.
Mais festas em português
Além dos campeonatos das Big-5, houve mais portugueses a festejar em países como a Escócia, Dinamarca, Polónia, Turquia, Suíça, Eslovénia e Luxemburgo. Fora da Europa também houve campeões na Arábia Saudita, Qatar e Angola.
Entre estes, destacamos Jota, uma das figuras do Celtic que esta época conquistou o treble escocês, com a vitória no campeonato (33 jogos/11 golos) a somar às conquistas da Taça da Liga (2 jogos) e da Taça da Escócia (4 jogos/2 golos).
Destacamos também Sérgio Oliveira, campeão na Turquia, com a camisola do Galatasaray (32 jogos/4 golos). A uma jornada do fim, a equipa de Istambul já garantiu o título, com mais oito pontos do que o Fenerbahçe, e, já depois da festa, voltou a celebrar com uma vitória folgada sobre a equipa de Jorge Jesus que ficou no segundo lugar.
Fábio Sturgeon (RKS Raków) também foi campeão na Polónia, Joel Monteiro (Young Boys) na Suíça, David Sualehe e Rui Pedro (Olimpija Ljubljana) na Eslovénia, João Teixeira (Swift Hesperange) no Luxemburgo, Hélder Costa (Al-Ittihad) na Arábia Saudita, Rúben Semedo (Al Duhail) no Qatar e Pedro Pinto e Alex Soares (Petro de Luanda) em Angola.
Misteres também campeões
No capítulo dos treinadores, Nuno Espírito Santo foi campeão da Arábia Saudita com o Al-Ittihad Jedah, com mais cinco pontos do que o Al Nassr de Cristiano Ronaldo.
Leonardo Jardim também foi campeão nos Emirados Árabes Unidos, ao comando do Al Ahly, enquanto Alexandro Santos foi bicampeão no Girabola, de Angola, ao serviço do Petro de Luanda.
Entre os treinadores, o título mais sensacional terá sido o de Bernardo Tavares, na Indonésia. O treinador de 43 anos, já com passagens pelo Bahrein, Omã, Tanzânia, Maldivas, Macau, India e Finlândia, pegou no modesto PSM Makassar, que era suposto lutar para não descer, e acabou campeão numa temporada marcada por uma terrível tragédia que abalou o futebol mundial.
Bruno Fernandes foi o português com mais jogos em 2022/23
O português que fez mais jogos ao serviço de um clube estrangeiro na última temporada não foi campeão, venceu apenas a Taça da Liga inglesa. Falamos de Bruno Fernandes que lidera o pelotão dos portugueses no que diz respeito ao número de jogos, com um total de 59 jogos em todas as competições [71 se juntarmos os jogos da Seleção], mais de cinco mil minutos ao serviço do Manchester United.
O médio da equipa de Old Trafford cumpriu 37 jogos na Premier League (só falhou um!), aos quais juntou 11 na Liga Europa, 6 na Taça de Inglaterra (perdeu a final frente ao City) e mais cinco na Taça da Liga (vitória sobre o Newcastle, na final, por 2-0).
Logo atrás de Bruno Fernandes, vem o imparável Bernardo Silva, com um total de 54 jogos e ainda um por fazer, no próximo sábado, na final da Liga dos Campeões, frente aos italianos do Inter Milão. Mais uma grande temporada do pequeno grande jogador de Pep Guardiola.
Ainda acima dos 50 jogos estão Joel Pereira, defesa dos polacos do Lech Poznan (52 jogos), Rui Patrício, guarda-redes da Roma de José Mourinho (51 jogos) e Fábio Silva que também acumulou 51 jogos entre meia época nos belgas do Anderlecht e outra meia época nos neerlandeses do PSV Eindhoven.
Com mais de 40 jogos também estão jogadores como Rafael Leão (Milan, 48 jogos), Vitinha (PSG, 48), João Cancelo (Manchester City/Bayern Munique/Alemanha, 47), Danilo Pereira (PSG, 44), André Silva (Leipzig, 44), William Carvalho (Betis, 43), Jota (Celtic, 43), Rúben Dias (Manchester City, 42), Diogo Dalot (Manchester United, 42), Nélson Semedo (Wolverhampton, 41), Rúben Neves (Wolverhampton, 41), André Almeida (Valencia, 41), João Palhinha (Fulham, 40 jogos) ou João Félix (At. Madrid/ Chelsea, 40 jogos).
Golos em português: Luís Duk com mais um do que Cristiano Ronaldo
Não houve grandes goleadores portugueses lá por fora. Nenhum conseguiu chegou, por exemplo, à casa as duas dezenas. Cristiano Ronaldo, que nos últimos anos liderou sempre esta lista, não foi além de 17, tudo somado entre o Manchester United e o Al Nassr. Ainda em Inglaterra, marcou um golo na Premier League (10 jogos) e outros dois na Liga Europa (6 jogos). Já em Riade, marcou mais 14 em 16 jogos na liga saudita.
Melhor do que Cristiano Ronaldo está o luso-cabo-verdiano Luís Duk que, com a camisola do histórico Aberdeen, marcou 18 esta época (16 no campeonato, mais dois na Taça da Liga), alguns deles bem vistosos, mais do que o campeão e amigo Jota que marcou 15 em todas as competições, incluindo dois na Liga dos Campeões.
Com apenas menos um golo do que Cristiano Ronaldo destacou-se Rafael Leão, com 16 golos (15 na Série A e mais um na Champions), mais dois do que no ano anterior, em que conquistou o scudetto. Também com 16 golos destacou-se Fábio Silva, neste caso divididos entre os belgas do Anderlecht (11 golos) e os neerlandeses do PSV Eindhoven (5 golos).
Com quinze golo, além do Jota (Celtic), destacou-se também Josué no Legia Varsóvia (12 na liga, 3 na Taça da Polónia).
O primeiro português cm mais golos num campeonato das Big-5 é Bruno Fernandes, com um total de 14 pelo Manchester United (8 na Premier League, 3 na Taça de Inglaterra, 2 na Taça da Liga e 1 na Liga Europa).
Na casa dos dois dígitos estão ainda Beto (Udinese/Itália) e Flávio Paixão (Lechia Gdansk), ambos com dez golos, mais um do que João Félix (At. Madrid/Espanha e Chelsea/Inglaterra), André Silva (Leipzig/Alemanha), Nélson Oliveira (PAOK/Grécia), Rafael Lopes (AEK Larnaca/Chipre) e Hugo Firmino (Arat-Armenia/Arménia), todos com 9.
Em resumo, Portugal esteve representado praticamente em todas as grandes competições, com exceção da liga espanhola, numa temporada que está agora a chegar ao fim.
Todos os campeões portugueses lá fora
Rúben Dias (Manchester City), Inglaterra
Bernardo Silva (Manchester City), Inglaterra
João Cancelo (Manchester City/Bayern Munique), Inglaterra e Alemanha
Danilo Pereira (Paris Saint-Germain), França
Nuno Mendes (Paris Saint-Germain), França
Renato Sanches (Paris Saint-Germain), França
Vitinha (Paris Saint-Germain), França
Mário Rui (Nápoles), Itália
Jota (Celtic), Escócia
Sérgio Oliveira (Galatasaray), Turquia
Dinis Almeida (Antuérpia e Ludogorets, Bélgica e Bulgária
Claude Gonçalves (Ludogorets), Bulgária
Zeca (FC Copenhaga), Dinamarca
Diogo Gonçalves (Benfica/FC Copenhaga), Portugal e Dinamarca
Fábio Sturgeon (RKS Raków), Polónia
Joel Monteiro (Young Boys), Suíça
David Sualehe (Olimpija Ljubljana), Eslovénia
Rui Pedro (Olimpija Ljubljana), Eslovénia
João Teixeira (Swift Hesperange), Luxemburgo
Hélder Costa (Al-Ittihad), Arábia Saudita
Rúben Semedo (Al Duhail), Qatar
Pedro Pinto (Petro de Luanda), Angola
Alex Soares (Petro de Luanda), Angola
Os portugueses com mais jogos lá fora (fotos)
Bruno Fernandes (Manchester United/Inglaterra), 59 jogos
Bernardo Silva (Manchester City/Inglaterra), 54 jogos
Joel Pereira (Lech Poznan/Polónia), 52 jogos
Rui Patrício (Roma/Itália), 51 jogos
Fábio Silva (Anderlecht/Bélgica e PSV Eindhoven/Países Baixos), 51 jogos
Rafael Lopes (AEK Larnaca/Chipre), 49 jogos
Rafael Leão (Milan/Itália), 48 jogos
Vitinha (PSG/França), 48 jogos
Luís Gustavo (AEK Larnaca/Chipre), 48 jogos
João Cancelo (Manchester City/Inglaterra e Bayern Munique/Alemanha), 47 jogos
Danilo Pereira (PSG/França), 44 jogos
André Silva (Leipzig/Alemanha), 44 jogos
Hélder Lopes (Hapoel Beer-Sheva/Israel), 44 jogos
William Carvalho (Betis/Espanha), 43 jogos
Jota (Celtic/Escócia), 43
Benny (DOXA/Chipre), 43 jogos
Luís Duk (Aberdeen/Escócia), 42 jogos
Rúben Dias (Manchester City/Inglaterra), 42 jogos
Diogo Dalot (Manchester United/Inglaterra), 42 jogos
Nélson Semedo (Wolverhampton/Inglaterra), 41 jogos
Rúben Neves (Wolverhampton/Inglaterra), 41 jogos
André Almeida (Valencia/Espanha), 41 jogos
João Palhinha (Fulham/Inglaterra), 40 jogos
João Félix (At. Madrid/Espanha e Chelsea/Inglaterra), 40 jogos
Diogo Leite (Union Berlim/Alemanha), 40 jogos
Luís Silva (ENP/Chipre), 40 jogos
André Duarte (Universitatea Craiova/Roménia), 40 jogos
Matheus Nunes (Wolverhampton/Inglaterra), 39 jogos
José Sá (Wolverhampton/Inglaterra), 39 jogos
Nuno Tavares (Marselha/França), 39 jogos
Pedro Rebocho (Lech Poznan/Polónia), 39 jogos
Tiago Dantas (PAOK/Grécia), 38 jogos
Carlitos (Nea Salamis/Chipre), 38 jogos
Márcio (ENA/Chipre), 38 jogos
Josué (Legia Varsóvia/Polónia), 37 jogos
Anthony Lopes (Lyon/França), 37
João Amaral (Lech Poznan/Polónia), 37 jogos
Marco Baixinho (Anorthosis), 37 jogos
David Sualehe (Olimpija Ljubljana/Eslovénia), 37 jogos
Marcelo Lopes (Voluntari/Roménia), 37 jogos
Miguel Crespo (Fenerbahçe/Turquia), 37 jogos
João Moutinho (Wolverhampton/Inglaterra), 36 jogos
Daniel Podence (Wolverhampton/Inglaterra), 36 jogos
Raphael Guerreiro (B. Dortmund/Alemanha), 36 jogos
Nélson Oliveira (PAOK/Grécia), 36 jogos
Hélder Ferreira (Anorthosis/Chipre), 36 jogos
André Geraldes (Maccabi Tel Aviv/Israel), 36 jogos
Cristiano Ronaldo (Manchester United/Inglaterra e Al Nassr/Arábia Saudita), 35
Francisco Conceição (Ajax/Países Baixos), 35 jogos
Miguel Cardoso (Kayserispor/Turquia), 35
Afonso Sousa (Lech Poznan/Polónia), 35 jogos
André Teixeira (AEL Limassol/Chipre), 35 jogos
Joel Monteiro (Young Boys/Suíça), 35 jogos
Fábio Vieira (Arsenal/Inglaterra), 34 jogos
Domingos Duarte (Getafe/Espanha), 34 jogos
David Costa (Lens/França), 34 jogos
Sérgio Oliveira (Galatasaray/Turquia), 34 jogos
Os portugueses com mais golos lá fora (fotos)
Luís Duk (Aberdeen/Escócia), 18 golos
Cristiano Ronaldo (Manchester United/Inglaterra e Al Nassr/Arábia Saudita), 17
Rafael Leão (Milan/Itália), 16
Fábio Silva (Anderlecht/Bélgica e PSV Eindhoven/Países Baixos), 16
Jota (Celtic/Escócia), 15
Josué (Legia Varsóvia/Polónia), 15
Bruno Fernandes (Manchester United/Inglaterra), 14
Beto (Udinese/Itália), 10
Flávio Paixão (Lechia Gdansk), 10
João Félix (At. Madrid/Espanha e Chelsea/Inglaterra), 9
André Silva (Leipzig/Alemanha), 9
Nélson Oliveira (PAOK/Grécia), 9
Rafael Lopes (AEK Larnaca/Chipre), 9
Hugo Firmino (Arat-Armenia/Arménia), 9
Pedro Marques (NEC/Países Baixos), 8
Diogo Gonçalves (FC Copenhaga/Dinamarca), 8
Miguel Cardoso (Kayserispor/Turquia), 8
João Simões (Differdange/Luxemburgo), 8
Tino Barbosa (Differdange/Luxemburgo), 8
Bernardo Silva (Manchester City/Inglaterra), 7
Diogo Jota (Liverpool/Inglaterra), 7
Rony Lopes (Troyes/França), 7
Afonso Sousa (Lech Poznan/Polónia), 7
Flávio Silva (Persik Kediri/Indonésia), 7
Raphael Guerreiro (B. Dortmund/Alemanha), 6
Daniel Podence (Wolverhampton/Inglaterra), 6
Rúben Neves (Wolverhampton/Inglaterra), 6
Nuno Tavares (Marselha/França), 6
Francisco Conceição (Ajax/Países Baixos), 6
João Amaral (Lech Poznan/Polónia), 6
Hélder Ferreira (Anorthosis/Chipre), 6
Luís Silva (ENP/Chipre), 6
Rui Pedro (Olimpija Ljubljana/Eslovénia), 6
Leonardo Rocha (Radomiak Radom/Polónia), 6
Tiago Dantas (PAOK/Grécia), 5
Miguelito (Nea Salamis/Chipre), 5
João Pedro (Panetolikos/Grécia), 5
Nené (Bialystok/Polónia), 5
Filipe Nascimento (Radomiak Radom/Polónia), 5
Marcelo Lopes (Voluntari/Roménia), 5